Já que o assunto semanal do nosso blog são as Olímpiadas, que mesmo já encerradas e que causaram muitas alegrias aos italianos, em razão do excelente desempenho no quadro geral de medalhas, é importante nos lembrarmos também quem foi o maior medalhista olímpico da história da Itália: Edoardo Mangiarotti.
Você pode não saber mas este é, sem dúvidas, um dos atletas mais impressionantes do mundo olímpico. Esgrimista, conquistou treze medalhas olímpicas, entre 1936 (Berlim) e 1960 (Roma), e foi um grande nome na sua modalidade.
Estreou em 1936, nos Jogos Olímpicos de Berlim, o chamado “Jogos de Hitler”, quando tinha apenas 17 anos. Mesmo com a pouca idade já sabia o que estava fazendo: o pai, Giuseppe, também esgrimista, o ensinara tudo certinho, até o manejar da espada com a mão esquerda para obter vantagem sobre os adversários, o que fez Edoardo ganhar a sua primeira medalha de ouro.
Apesar de carregar consigo a sombra do pai, Edoardo construiu sozinho o seu caminho de sucesso ao longo de uma carreira de 40 anos: foram ao total seis medalhas de ouro, cinco de prata e duas de bronze. Participou de todas as edições dos Jogos desde a sua estréia, seja como atleta, jornalista, secretário geral da Federação Internacional de Esgrima ou chefe da delegação italiana. Carregou também a bandeira tricolore nas cerimônias de abertura de duas edições dos jogos, em Atenas (2004) e Pequim (2008). Em 2003, Edoardo Mangiarotti foi homenageado pelo Comitê Olímpico Internacional (COI), que o reconheceu como o “maior atleta da história da esgrima”.
Em 2012, aos 93 anos, Edoardo faleceu na sua residência na cidade de Milão. Ao saber de sua morte, Giovanni Petrucci, então presidente do Comitê Olímpico Italiano, disse: “Nossa medalha de ouro está agora no paraíso. Ele era o homem dos Jogos Olímpicos e um atleta extraordinário“.